Este é o blog do grupo de estudos de Lógica da FAFICH/UFMG. Contatos: filosofiaetc@gmail.com, abilio.arf@gmail.com
terça-feira, 26 de abril de 2011
Aula 27/04 - Prova de Henkin
segunda-feira, 18 de abril de 2011
Prova de Henkin - lógica sentencial
Olá para todos.
Para fechar a prova da completude de Kalmar que vimos nas últimas aulas, tentem explicar em detalhe por que lemos no Hunter, no fim da p. 104, que qualquer sistema de lógica sentencial que tenha os teoremas 1 a 7 da p. 105 é completo.
Para a aula do dia 20/4, leiam o início da seção 32 do Hunter, sobre a prova da completude de Henkin (pp. 105-109). Hunter apresenta nas subseções (a), (b), (c) e (d) resultados preliminares que serão usados na prova da completude de Henkin.
Na seção (a) estão provas dos teoremas 1-7, listados nas pp. 105 e 106. Tentem prová-los usando um sistema de dedução natural que vocês estejam familiarizados e, depois, no sistema axiomático PS apresentado no Hunter. Lembrem-se de usar o teorema da dedução. Para provar o teorema 6 da p. 106 lancem A como hipótese para chegar a B e ØB. Usem ØB ® (B ® (Ø(A ® A))) para obter, com TD, A ® Ø(A ® A). Agora usem dupla negação e o axioma 3. Notem que o teorema 6 simula em PS a regra de introdução da negação, ou redução ao absurdo.
Depois, leiam com atenção as seções (b) e (c). Deixem de lado por enquanto a seção (d).
Lembrem-se que em 25/4 não haverá aula. Aproveitem o dia livre para estudar as seções (b) e (c). Dia 27/4, quarta, faremos uma revisão dessas seções e começaremos a seção (d).
Abraços
Teorema da correção
Nas aulas dos dias 11 e 13 veremos, conforme combinado, as seções 24, 25 e 28 do Hunter.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Compacidade
No link http://dl.dropbox.com/u/5959592/read_compacidade.pdf há trechos do livro do Stephen Read, Thinking about Logic (OUP), que tratam do teorema da compacidade. Há problemas filosóficos muito interessantes relacionados à compacidade da lógica clássica de primeira ordem. O texto do Read é uma introdução acessível a tais problemas.
Dicas: Na Enciclopédia de termos lógico-filosóficos (ed. Murcho et al.): teoria dos modelos, teorema da compacidade e também outros mencionados nos verbetes acima.
Na Wikipedia : http://en.wikipedia.org/wiki/Non-standard_model_of_arithmetic
http://pt.wikipedia.org/wiki/Completude_%28l%C3%B3gica%29
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_da_compacidade
http://pt.wikipedia.org/wiki/Teorema_da_completude_de_G%C3%B6del
Para quem quiser se aventurar nos modelos não-standard da aritmética, ver também o capítulo do livro do Boolos & Jeffrey, Computability and Logic, no link http://dl.dropbox.com/u/5959592/non_std_arit.pdf
Após a leitura do texto, tente responder às seguintes perguntas: O que diz o teorema da compacidade em sua versão sintática e, dada a completude, em sua versão semântica? O que é a regra-w? Por que a regra-w não pode ser usada na teoria da prova clássica? Por que não podemos expressar, na lógica de primeira ordem, a sentença 'não existe um número que seja diferente de 0 e 1 e 2 e…'?
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Algumas reflexões sobre o chamado ‘princípio de composicionalidade’
Extraído do capítulo 5 de Thinking about Logic de Stephen Read, OUP
Como a linguagem é possível? Como é possível, a partir da aprendizagem de um vocabulário básico e finito de uma linguagem, formar um sem número de novos enunciados, novas proposições que expressam pensamentos que nunca foram antes formulados? Pois isso é possível. Apesar do vocabulário de uma linguagem ser mundo grande, como uma olhada no dicionário revela, ele é pequeno quando comparado com o número imenso de sentenças que compõem os livros das bibliotecas espalhadas pelo mundo. Dentre essas sentenças, poucas são idênticas. Dentre as sentenças que lemos, poucas são as que nós vimos antes. Como é possível que o leitor compreenda essas sentenças? Como é possível que o leitor as conceba e formule?
A resposta é óbvia, mas suas implicações são poderosas. Nós podemos aprender uma linguagem porque seu vocabulário e suas regras gramaticais são relativamente pequenas – ambas podem ser reunidas em um pequeno número de volumes. Um dicionário de alguns volumes como o Oxford English Dictionary contém pouco mais que o vocabulário da maior parte dos falantes individuais do inglês. E mesmo esse dicionário consiste de dez ou doze volumes, o que é uma pequena parte da biblioteca onde ele está. A partir desse vocabulário, as regras gramaticais permitem a criação de um número infinitamente grande de sentenças. Para que possamos entender tais sentenças, os significados das palavras individuais são combinados de acordo com a estrutura estabelecida pela gramática. Em outras palavras, da mesma forma que uma sentença é literalmente composta pelas palavras que ela contém, o significado de uma sentença, a proposição, é de alguma maneira 'composto' pelos significados das palavras que ela contém. A idéia inicial é óbvia: entendemos novas sentenças porque entendemos como seus significados resultam dos significados das palavras que as constituem. As implicações disso não são óbvias, e o que isso diz não é tão claro: os significados das palavras se combinam de algum modo para compor o significado da sentença completa, a proposição por ela expressada.
O princípio em questão aqui é por vezes chamado de 'princípio da composicionalidade', outras vezes de 'princípio de Frege', o grande filósofo alemão da matemática e da linguagem do fim do século XIX. Os dois termos cobrem aplicações bastante diferentes da idéia básica. Mas a motivação subjacente é a mesma. De algum modo precisamos explicar a 'criatividade' da linguagem, o modo pelo qual uma criança, ao ouvir um número finito e pequeno de enunciados, desenvolve a habilidade de produzir e compreender um sem número de proposições que não estão entre os dados sobre os quais tal habilidade foi desenvolvida. A explicação é a mais simples e a mais plausível para preencher essa lacuna, e está de acordo com a experiência pessoal, do falante de uma linguagem, de participar de uma conversa – um conjunto de enunciados seus e de outros falantes. Os dados iniciais e os novos enunciados produzidos são analisados em componentes significativos, e é postulada uma conexão entre o todo e as partes. Mas o que é essa conexão?
Aqueles que chamam essa idéia de princípio de 'composicionalidade' estarão inclinados a interpretar essa conexão de modo bastante literal. Eu mencionei no capítulo 1 como Russell considerou que as proposições – significados das sentenças e objetos de crença – teriam como constituintes particulares e universais. Assim, por exemplo, a proposição que Sócrates é sábio teria, literalmente, Sócrates e a sabedoria como constituintes. Para Russell, o significado de 'Sócrates' era o próprio filósofo Sócrates, em pessoa; e o significado de 'é sábio' era o universal ou a propriedade sabedoria. Portanto, o significado da sentença 'Sócrates é sábio' seria composto por Sócrates e a sabedoria, do mesmo modo que a sentença é composta por sujeito e predicado. Uma visão mais sofisticada, diferentemente, aponta para uma dependência funcional do significado da expressão complexa em relação aos significados das suas partes. Considere uma analogia: 4 é o resultado do quadrado de dois, 4 = 22, mas 4 não contém literalmente o número 2 como um constituinte, tampouco contém a função y = x2, que recebe um número x e o eleva ao quadrado produzindo um número y. Antes, 4 é o resultado de aplicar ao número 2 a função que eleva um número ao quadrado. Para Frege, é desse modo que se estabelece a conexão entre o significado de uma sentença e os significados das suas partes. O quadro é mais complicado porque Frege distinguia o significado da expressão dos seus componentes. Mas o princípio é preservado: o significado de uma expressão complexa, uma sentença por exemplo, resulta dos significados das suas partes e pode ser calculado a partir deles. Assim, a compreensão das partes e do modo elo qual o todo depende das partes explica a compreensão do todo.
* * *
domingo, 3 de abril de 2011
Material disponível e aulas dos dias 4 e 6 de abril
domingo, 27 de março de 2011
Material disponível - Metalógica
terça-feira, 22 de março de 2011
Palestra sobre ensino da lógica e minicurso de teoria dos modelos
Dia 23 de março, sala 3042, 12h
Prof. Antonio Coelho (UFSC)
Segunda aula - o teorema de Löwenheim-Skolem e o chamado Paradoxo de Skolem.
Terceira aula - modelos não-standard da aritmética.
Referências:
Boolos, G.& Jeffrey,R.- Computability and Logic - third edition, Cambridge University Press, Cambridge, 1989
Shoenfield, J.R.- Mathematical Logic - Association for Symbolic Logic & A K
Peters, Natick, Massachusetts,2000( publicado originalmente pela Addison-Wesley em 1967)
Chang, C.C.& Keisler, H.J.- Model Theory - third edition, North-Holland Publishing Company, Amsterdam, 1990
sexta-feira, 11 de março de 2011
Metalógica - material disponível, programação das aulas etc.
Tópicos: funções, sintaxe da lógica sentencial, semântica (funções de verdade), tautologias e contradições, consistência semântica, consequência lógica semântica.
Referências: Hunter seções 15 a 19 (aqui: http://dl.dropbox.com/u/5959592/hunter_15_19.pdf) + apostilas de lógica 1 e 2 + respectivos capítulos do Mortari.
(Notem que a linguagem que começaremos a estudar, seguindo o Hunter, tem implicação e negação como primitivos. Veremos mais adiante por que estamos começando com essa linguagem.)
Para a revisão da lógica de predicados vamos usar os capítulos 10 e 11 do Mortari e as apostilas disponíveis nos links
http://dl.dropbox.com/u/5959592/stx_log_pred.pdf
http://dl.dropbox.com/u/5959592/sem_log_pred.pdf
Abraços
segunda-feira, 7 de março de 2011
Minicurso de Teoria dos Modelos
Boolos, G.& Jeffrey,R.- Computability and Logic- third edition, Cambridge University Press, Cambridge, 1989
Shoenfield, J.R.- Mathematical Logic- Association for Symbolic Logic & A K
Peters, Natick, Massachusetts,2000( publicado originalmente pela Addison-Wesley em 1967)
Chang, C.C.& Keisler, H.J.- Model Theory- third edition, North-Holland Publishing Company, Amsterdam, 1990
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
Optativa 2011.1 - Metalógica
Em 2011.1 será oferecida na graduação uma disciplina optativa de lógica. O título será Tópicos de filosofia da linguagem: metalógica.
Não haverá, em 2011.1, o grupo de estudos de lógica.
Objetivo, ementa e avaliação da disciplina estão abaixo.
Abraços e boas férias.
Objetivo: Apresentar alguns resultados básicos da metateoria da lógica clássica de primeira ordem. O curso é concebido para estudantes de filosofia e procura conciliar os aspectos técnicos com os aspectos filosóficos e históricos dos resultados estudados.
Ementa: Linguagens formalizadas: sintaxe e semântica. Provas indutivas. Sistemas axiomáticos. Teorema da dedução. Independência de axiomas. Provas de consistência. Teoremas da correção, completude e compacidade. Sistemas de dedução natural e cálculo de sequentes.
Avaliação: 100 pontos divididos da seguinte forma: 30 pontos: assiduidade e listas de exercícios; 30 pontos: trabalho escrito; 40 pontos: prova individual.
Bibliografia básica: Robbin, Mathematical Logic: A First Course; Hunter, G., Metalogic: An Introduction to the Metatheory of Standard First Order Logic; Troelstra et al. Basic Proof Theory. Mais indicações bibliográficas serão disponibilizadas durante o curso na página http://logicaetc.blogspot.com.
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
E na filosofia?
meu computador. Informação sobre será bem-vinda.
domingo, 14 de novembro de 2010
Grupo de Lógica - 18/11
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Palestras com o Prof. Walter Carnielli
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Linha de Pesquisa - Lógica e Filosofia da Ciência
Palestras com o Professor Walter Carnielli
Multimodalidades: lógica, computação e filosofia
Quarta-feira, 27/10/2010, 14h, sala 3048 FAFICH
A ideia de necessidade, à qual se opõe o que é contingente, é
antiga no pensamento filosófico. A par da necessidade metafísica, os
lógicos e filósofos se referem às necessidade lógica, física e ao
necessário a posteriori, às quais estão ligadas várias noções de
possibilidade. De que maneira a lógica modal, vista como o estudo do
raciocínio que envolve o uso das expressões 'necessariamente' e
'possivelmente', trabalha com tudo isso? Existem modalidades
não-clássicas, ou as noções de modalidade não as admitem? Seria a
'consistência' uma noção modal? E o que tem isso tudo a ver com os
mundos possíves? E com os mundos impossíveis? Pretendo introduzir a
matemática das modalidades e das multimodalidades, incluindo ideias
básicas da combinação de lógicas, discutir alguns de seus problemas
e ajudar a compreender porque a lógica modal ocupa hoje uma posição
tão privilegiada na filosofia, na computação e na linguística.
Lógica, argumentação e pensamento crítico: um programa
Quinta-feira, 28/10/2010, 12h, sala 3048 FAFICH
Nos últimos 30 anos, o estudo da argumentação conheceu um grande
desenvolvimento e se transformou num campo de estudo independente e de
alto valor estratégico, mas que é ainda pouco difundido no Brasil.
Contudo, conhecer a estrutura íntima dos argumentos é fundamental para
o discurso filosófico, científico e político-social. Pretendo discutir
a proposta de um programa introdutório à atividade de pensar
criticamente com bases rigorosas e com suporte na Lógica, embora
não-formal, enfatizando não somente a persuasão e a formulação de
bons argumentos mas a defesa contra ataques argumentativos.
Lógica Quântica, suas Vertentes Modais e a Incompletude
certas questões envolvendo lógica e informação quãntica. Mostro como
são incompletáveis com respeito às semânticas de Kripke. Argumento
que esta dificuldade, além de seu interesse filosófico intrínseco,
pode ser relevante para a expressabilidade da informação quântica em
termos lógicos. Contudo, a incompletude não afetaria em princípio as
"semânticas modais de traduções possíveis"; considerando que tais
semânticas, tanto quanto as semânticas de Kripke, caracterizam lógicas
modais com vocação quântica, a adoção das semânticas modais de
traduções possíveis pode ser uma interessante alternativa. Discuto
outras abordagens e problemas ligados a esta questão.
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Palestra - From Natural Deduction to Lambda Calculus
From Natural Deduction to Lambda Calculus
Quinta-feira, sala 4094, 18h
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Grupo de Lógica - dia 30/09
No próximo encontro do grupo de lógica, que terá início às 17h no local de sempre, veremos os seguintes tópicos do livro da Negri:
Independência dos conectivos na lógica intuicionista - p. 45
A definição de trace formula - p. 51
Teorema 3.1.4 - equivalência entre C e a conjunção das trace formulas de C - p. 51
Os capítulos correspondentes já foram disponibilizados.
Abraços
sábado, 18 de setembro de 2010
Regras inversíveis - G3ip
http://dl.dropbox.com/u/5959592/eqvl_g1ip_g3ip.pdf
e sobre regras inversíveis em G3ip
http://dl.dropbox.com/u/5959592/regras_inver_G3ip.pdf
abraços
domingo, 12 de setembro de 2010
Algumas provas em G1
Abaixo, uma apostila com algumas provas em G1 (mais precisamente, G1ip, i.e. G1 para lógica proposicional intuicionista, que vimos no último encontro).
http://dl.dropbox.com/u/5959592/G1.pdf
Minha sugestão é que vocês peguem alguma lista de tautologias - do
Mortari por exemplo - e verifiquem com G1ip todas que valem
intuicionisticamente.
Abraços
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Texto Kolmogorov e encontro da próxima quinta
http://dl.dropbox.com/u/5959592/kolmogorov_excluded_middle_heijnoort.pdf
sábado, 4 de setembro de 2010
Material disponível e outros assuntos
No último encontro do grupo de lógica vimos como transformar provas em
dedução natural em provas em sistemas de Hilbert e vice-versa. Usamos
as apostilas abaixo
http://dl.dropbox.com/u/5959592/hilbert_prop.pdf
http://dl.dropbox.com/u/5959592/Hilbert_DN.pdf
http://dl.dropbox.com/u/5959592/books/NEGRI_intro_1.pdf
está a introdução e o capítulo 1 da Negri e von Plato, From natural
natural e sistemas axiomáticos podemos marcar um horário às 17h, antes
do grupo. Envie email para abilio.arf@gmail.com.
Mas o horário do grupo continua sendo 18h.
nas motivações filosóficas e aspectos históricos das lógicas
intuicionista e minimal.
aplicações à lógica linear, 2002, EDUFRN
http://dl.dropbox.com/u/5959592/books/dapaz.pdf
http://plato.stanford.edu/entries/logic-intuitionistic/
http://plato.stanford.edu/entries/intuitionistic-logic-development/
e teoria da prova
http://plato.stanford.edu/entries/proof-theory-development/
excluded middle. Está na coletânea do van Heijenoort, From Frege to
Gödel.
http://dl.dropbox.com/u/5959592/books/gentzen_logical_deduction.pdf
o texto do Gentzen, Investigations into logical deduction.